A vida não é linear nem planejável.
O calendário é a materialização mais óbvia da necessidade humana de controle sobre o tempo e a natureza. Bichinhos iludidos que somos.
Ciclos começam e terminam sem contagem regressiva ou fogos de artifício. Novas fases se iniciam em dias comuns, em que não vestimos roupas novas nem dignas da ocasião.
Motivada por fatores internos ou externos, a vida simplesmente nos empurra para um novo contexto, e nós fazemos bom uso do processo evolutivo e tratamos de nos adaptar.
Nesse momento, em que somos ingenuamente surpreendidos com a nossa incapacidade de controle, podemos usar a inteligência - intelectual e emocional - a nosso favor.
Não como mecanismo de definição de regras para alcançar um resultado específico, mas como ferramenta para ajudar na tomada de decisões. Aquelas que nos guiarão rumo às experiências que queremos vivenciar.
A razão fornece pragmatismo para agir. A gestão da emoção e a compreensão dos nossos sentimentos ensinam como agir e a priorizar o que faz sentido no momento.
Esse é o diferencial que torna processos dolorosos e aparentemente sem sentido em aprendizados, difíceis, mas engrandecedores.
Quanto mais consciência tivermos de quem somos e no que acreditamos no exato instante em que fazemos uma escolha, maior sentido ela fará no longo prazo.
Porque mesmo que você mude, e isso vai acontecer, você ainda entenderá as motivações que te levaram a tomar determinadas atitudes.